quinta-feira, 5 de novembro de 2020
A falta decuidados com a pele faz com que, a cada ano, cerca de 55 mil casos de câncer depele sejam registrados no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer,esta neoplasia corresponde a 25% de todos os tumores malignos computados noPaís. Seguramente, trata-se da neoplasia maligna mais frequente em todo omundo.
O câncer depele é uma doença decorrente do desenvolvimento anormal das células da pele,que se multiplicam repetidamente até formarem um tumor maligno. Este desarranjono tecido deve-se a fatores genéticos e ambientais.
Pode serdividido didaticamente em dois tipos: o não-melanoma e o melanoma. O primeirotem maior incidência (95%) e baixa mortalidade, ocorrendo geralmente em pessoascom mais de 40 anos, de pele clara, mais sensível aos raios solares ou comdoenças cutâneas prévias, sendo raro em crianças e negros. Os tumores destetipo são menos agressivos e mais curáveis. Já o melanoma tem origem nosmelanócitos (células produtoras de melanina, substância responsável pela cor dapele) e tem predominância em brancos. O melanoma representa apenas 4% dasneoplasias da pele, apesar de ser o mais grave e com menor chance de cura.
Geralmenteas áreas do corpo mais afetadas são as mais expostas ao sol. O rosto é a regiãomais atingida, principalmente pelo tipo não-melanoma, acometendo o nariz emcerca de 30% dos casos. As outras áreas mais comuns são os membros superiores etórax. O tipo melanoma costuma ter maior incidência nas regiões palmares eplantares e outras localizações atípicas, mesmo em pessoas negras.
Os fatoresde risco mais comuns são: história familiar de câncer de pele, pessoas de pelee olhos claros, cabelos ruivos ou loiros, pessoas que trabalham ao sol semproteção adequada, exposição prolongada e repetida ao sol na infância e naadolescência. Nevo congênito (pinta escura) e nevo displásico (lesão escura comalterações celulares pré-cancerosas), envelhecimento e xeroderma pigmentoso(doença congênita com sensibilidade elevada da pele ao sol) também aumentam osriscos da neoplasia.
Sinais dealerta devem ser procurados, tais como: manchas descamativas que coçam, ardemou sangram, feridas que não cicatrizam em até 04 semanas e mudança na texturada pele ou dor. Em relação ao melanoma, é recomendável observar qualquer pintaescura acompanhada de descamação ou mudança de aspecto recente.
Em relaçãoao diagnóstico, a observação das lesões pelo paciente e a consulta com ummédico são fundamentais. Cerca de 70% dos diagnósticos deste tipo de neoplasiasão feitos por médicos não-cancerologistas, o que evidencia a importânciadestes profissionais no controle da doença. No caso de uma lesão suspeita de melanoma,um exame de dermatoscopia pode auxiliar a distinguir se ela é maligna oubenigna.
A cirurgia éo tratamento mais indicado para o câncer de pele de qualquer tipo, porém deveser realizada preferencialmente por um Cirurgião Oncológico para se obter maiorchance de cura. O câncer não-melanoma de pequena extensão pode, em algunscasos, ser tratado pelo Dermatologista com medicamento tópico (pomadas esoluções) a depender da localização. O melanoma é melhor tratado com cirurgia,sempre que possível. A radioterapia e a quimioterapia também podem serutilizadas, dependendo do estádio do câncer. No entanto, quando há metástase(disseminação para outros órgãos), o melanoma é incurável na maioria dos casos.