Câncer de Pâncreas

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Câncer de Pâncreas

O câncer de pâncreas é o terceiro tipo de câncer mais comum no trato digestivo, depois de colo retal (cólon e reto) e estômago, e o tipo histológico mais comum é o adenocarcinoma ductal do pâncreas em 90% dos casos (tumor sólido), existindo ainda outros tumores, como os neuroendócrinos, os tumores císticos ou sólido-císticos. A maioria dos tumores, cerca de 70% deles, acometem a cabeça do pâncreas, e os outros 30% atingem o corpo e cauda do órgão. No Brasil, é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por essa doença .Pelo fato de ser de difícil detecção, apresenta alta taxa de mortalidade, por conta do diagnóstico tardio e do seu comportamento geralmente agressivo.  Raro antes dos 30 anos, torna-se mais comum a partir dos 60 anos. Segundo a União Internacional Contra o Câncer (UICC), os casos da doença aumentam com o avanço da idade, e a incidência é mais significativa em homens.

Os fatores de risco mais importantes são principalmente o tabagismo (cigarro e outros derivados do tabaco), seguido da ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, dieta não balanceada (consumo excessivo de gordura e carnes), exposição a compostos químicos como solventes e petróleo durante longo período, pancreatite crônica, diabetes melitus, pessoas submetidas a cirurgias para úlcera no estômago ou duodeno, remoção da vesícula biliar, bem como com histórico familiar de câncer. Estas pessoas devem se submeter a avaliação médica e exames periódicos.

Os sintomas mais perceptíveis são perda de apetite e peso, fraqueza, diarreia e tontura. Os pacientes com tumores de cabeça de pâncreas podem se apresentar com icterícia(pele e olhos amarelados), urina escura e fezes esbranquiçadas. A presença de dor na região das costas pode sinalizar um tumor avançado. Outro sintoma é o aumento do nível de glicose (açúcar) no sangue, causado pela deficiência na produção de insulina, principal função do pâncreas.

O diagnóstico e o planejamento cirúrgico normalmente são realizado através da tomografia computadorizada do abdome total com contraste, podendo ser necessária a realização de outros exames para avaliar melhor o diagnóstico (endoscopia combiópsia), a ressecabilidade (angiotomografia), e nos casos de diagnóstico difícil (ressonância magnética). Marcadores tumorais podem ser úteis em fazer um diagnóstico diferencial com doenças benignas, sendo o principal deles para câncer de pâncreas o CA 19.9.

Quando o paciente apresenta tumor ressecável(possível de ser operado) na cabeça do pâncreas, a cirurgia realizada é a gastro duodenopancreatectomia, ou cirurgia de Whipple. Nesta cirurgia são removidos a cabeça do pâncreas, o duodeno, a vesícula e parte da via biliar, parte do estômago e os linfonodos de drenagem destes órgãos. Na maioria dos casos esta cirurgia é feita por via convencional, quando se abre o abdômen, porém pode ser indicada a realização por videolaparoscopia em raros casos selecionados. Os tumores de corpo e cauda de pâncreas podem ser operados por vídeo laparoscopia em grande parte das vezes, ou por via convencional aberta,podendo ser necessária ou não a remoção do baço.

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